Principal competição internacional no país, o GP Brasil, neste
domingo, em Belém, é uma boa oportunidade para os atletas nacionais
obterem índice para o Mundial de Helsinque (Finlândia), em agosto.
O evento, no estádio do Mangueirão, reúne 130 atletas de 28 países
-espera-se público superior a 40 mil espectadores.
Poucos brasileiros já fizeram o índice A, o mais forte, neste ano,
carimbando passaporte para o Mundial. É o caso de Jadel Gregório, dono
das três melhores marcas do salto triplo em 2005, Vicente Lenilson,
nos 100 m e 200 m, e André Domingos, nos 200 m.
Para os treinadores, porém, as disputas em Belém devem fazer o Brasil
somar mais classificados.
"Os treinos estão se traduzindo em bons resultados. Com isso, os
atletas se motivam ainda mais para melhorar as marcas", diz Jayme
Netto, técnico de alguns dos principais velocistas do país, como
Lenilson, Domingos, Bruno Pacheco e Anderson dos Santos.
"Em Belém acredito que faremos melhores tempos", prevê.
Com três eventos em uma semana, a viagem ao país ficou mais atrativa
para estrangeiras como Sandra Glover (400 m com barreiras), Trecia
Smith (salto triplo) e Valerie Adams-Vili (arremesso de peso), donas
das melhores marcas em 2005 em suas provas.
O tour pelo Brasil foi iniciado no domingo passado, com o GP2 do Rio,
que na escala da Iaaf (Associação Internacional das Federações de
Atletismo) está um degrau abaixo do evento no Pará.
O GP Sul-Americano de Fortaleza, que não faz parte do calendário
oficial da Iaaf, ocorrido na quarta, teve premiação semelhante à
disputa no Rio -foram gastos R$ 220 mil em condecorações.
Belém encerra as disputas internacionais no país. Quem não fizer
índice terá nova oportunidade nos GPs internacionais ou no Troféu
Brasil, no mês que vem. O prazo expira em 26 de junho.