Em reunião de seu Conselho em Helsinque, nas vésperas do início do
Campeonato Mundial, a Iaaf (sigla em inglês para Federação
Internacional de Atletismo) aprovou nova lei que estipula em três anos
o prazo para mudança de nacionalidade de atletas.
Pela nova lei, os atletas terão que esperar três anos para defender
uma nova bandeira internacionalmente. No entanto, o prazo cai para
apenas um ano, se ambos os países envolvidos estiverem de acordo com a
troca de nacionalidade.
"Três anos é um bom primeiro passo", afirmou Istvan Gyulai,
secretário-geral da Iaaf, após a reunião desta quarta-feira na capital
da Finlândia.
A nova determinação atende aos interesses de algumas nações africanas,
que vinham perdendo atletas de ponta, que se deixavam seduzir por
ofertas financeiras de outros países.
Mais de 40 atletas do Quênia trocaram de nacionalidade nos últimos
anos, aceitando convites lucrativos de nações como Qatar e Bahrain,
que investem para conseguir iniciar uma tradição olímpica.
O Quênia, uma das principais forças nas provas de fundo do atletismo,
luta para brecar a deserção de seus atletas. na última terça, o
presidente do país, Mwai Kibaki, discursou aos esportistas que
disputarão o Mundial de Helsinque, pedindo para que eles não
considerem ofertas de defender outras nações.
"É doloroso ver atletas que, depois de receber tantos investimentos de
seus países, trocam de nacionalidade por razões financeiras", comentou
Jesus Molina Hernandez, representante de Cuba na reunião da Iaaf.