pulou da quarta para a segunda colocação e assegurou a medalha de
prata na prova dos 800 m dos Jogos Pan-Americanos, no estádio João
Havelange, o Engenhão.
Davide fez o tempo de 1min45s47, o melhor de sua carreira. Com isso,
superou o outro brasileiro, Fabiano Peçanha, que anotou 1min45s54, sua
melhor marca nesta temporada.
O ouro ficou com o cubano Yeimer Lopez, que cravou 1min44s58, novo
recorde pan-americano. O antigo índice, 1min45s05, pertencia ao
canadense Tadili Achraf, de Santo Domingo-2003.
"Poderia ter ido ainda melhor, se não fosse a chuva. A pista fica
pesada e a gente tem que fazer mais esforço", avaliou Davide. "Nos 150
metros finais, estava 'no caixote', preso. Mas, na curva, consegui ir
pra cima do canadense (Achraf, quarto colocado) e fiquei atrás do
Fabiano. Na retinha final, fui com tudo e consegui passar."
Peçanha teve uma boa largada e se manteve em segundo lugar, atrás de
Lopez, até a última virada. Na curva, foi surpreendido por Davide, que
iniciou uma arrancada e ultrapassou Peçanha, que segurou o bronze.
No Pan de Santo Domingo-2003, o Brasil também havia conquistado uma
prata em um bronze. Peçanha repetiu no Rio de Janeiro seu resultado de
quatro anos atrás, quando cruzou a linha de chegada atrás de Osmar dos
Santos.
"Segunda vez bronze é muito azar, né? Vim para ganhar o ouro, mas aí
vem um cara e corre 1min44", brincou Peçanha, referindo-se a 2003. "O
ritmo da prova foi muito forte, mas estou feliz porque fui bronze em
Santo Domingo com 1mi46; hoje, fui bronze de novo, mas com 1min45."
Para Peçanha, a chuva também foi um dificultador, mas baixou a
velocidade de todos os competidores por igual. "Acho que a pista
molhada tirou 0,5 segundo de todo mundo aí", disse o brasileiro.