Pequim e primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em
esportes individuais, declarou neste sábado que sabia a capital
chinesa reservava algo de bom para ela, pois é um lugar que sempre lhe
deu sorte.
Em uma coletiva de imprensa na Casa Brasil, ela lembrou que já havia
competido em Pequim no ano de 2001, quando foi campeã universitária
derrotando uma competidora chinesa.
Segundo a atleta, que passou por momentos de dificuldade ao ser
suspensa durante dois anos por doping, a razão de sua volta foi "a
vontade de sentir a alegria única de se fazer o que gosta".
"Fiz esporte em toda minha vida e é a única coisa que sei fazer
melhor. O povo se esquece das dificuldades quando se ganha uma
medalha, só tem alegria. Este é o melhor momento da minha vida",
destacou Maurren, ouro em Pequim com um salto de 7,04m, um centímetro
a frente da segunda colocada, a russa Tatyana Lebeveda.
Maurren lembrou com carinho do apoio recebido por outros atletas
brasileiros, principalmente do ginasta Diego Hypólito. Ele disse a
saltadora que ela conquistaria o ouro que ele não conseguiu.
A brasileira superou a judoca Ketleyn Quadros, que abriu o quadro de
medalha do país nos Jogos de Pequim com um bronze e se tornou a
primeira brasileira a subir no lugar mais alto do pódio olímpico em
esportes individuais.
A saltadora será a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de
encerramento dos Jogos Olímpicos neste domingo.