recordes mundiais nos Jogos Olímpicos de Pequim, o jamaicano Usain
Bolt está mais preocupado em divertir seus fãs do que em estabelecer
novas marcas. Nesta sexta-feira, ele disputa a tradicional Liga de
Ouro, na quinta e penúltima etapa da temporada, a partir das 15h.
Depois de triunfar na etapa inaugural da competição, em Berlim, o
recordista mundial dos 100 m (9s69) e 200 m rasos (19s30), o velocista
chega à pista suíça como protagonista. Mas a hora é de curtir o
momento, diz ele, que não deu chance aos seus rivais, e cativou com o
seu jeito descontraído.
"Alcancei todos os meus objetivos, não tenho nada em particular para
realizar no restante da temporada", admitiu Bolt, deixando
transparecer que não deve tentar baixar sua marca já em Zurique, onde
disputará apenas os 100 m. A prova terá grandes nomes, como Walter
Dix, norte-americano que ficou com o bronze nos Jogos. A maior
ausência é Asafa Powell, compatriota de Bolt e decepção na China, com
apenas o quinto lugar na final.
O descanso do campeão olímpico ainda está longe. Depois de Zurique,
ele volta a competir já na terça-feira, fazendo os 200 m em Lausanne.
Três dias depois, em Bruxelas, na Bélgica, disputa os 100 m na etapa
final da Liga de Ouro.
Outra grande estrela dos Jogos que estará na Suíça é a russa Yelena
Isinbayeva, que voltou a bater o recorde mundial do salto com vara em
Pequim, com 5,05 m. Ela terá a companhia da brasileira Fabiana Murer,
sua colega de treinos em campings na Europa, que também aparece na
lista de inscritas. Será a primeira competição da paulista desde o
incidente olímpico em que uma de suas varas foi perdida, que resultou
num adeus precoce na final da prova, com apenas o 10º lugar.
Duas atletas lutam pelo prêmio máximo de US$ 1 milhão da Liga de Ouro,
dado às maiores campeãs na temporada. A queniana Pamelo Jelimo, campeã
olímpica nos 800 m, venceu as quatro etapas disputadas até aqui - no
ano, seu aproveitamento é de 100%. O mesmo aconteceu com a croata
Blanka Vlasic.
Vlasic, no entanto, vê a prova em Zurique como um meio de se reeguer.
Em Pequim, ela ficou com a medalha de prata, mas chegou como favorita
ao ouro, sem grandes adversárias. A belga Tia Hellebaut acabou
vencendo e deu fim a uma invencibilidade de 34 provas da croata. "O
fato de não ter conseguido aquele ouro só aumentou meu apetite para
este final de temporada", avisou Vlasic.
Entre os 14 campeões olímpicos em Zurique, o cubano Dayron Robles terá
mais uma chance de bater o recorde mundial dos 110 m com barreiras. Na
China, ele foi ouro, mas não bateu a própria marca, de 12s87.
Já Maria Mutola, de 35 anos, fará sua despedida das pistas em torneios
internacionais. A atleta de Moçambique foi campeã nos 800 m em
Sydney-2000 e venceu três mundiais na carreira. "Será minha última
prova. Zurique é um lugar muito bom para dar o meu adeus."
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Enviado por:
Prof. Dr. Darwin Ianuskiewtz
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